Espaço, tempo, ocasião
Na vila, a doce esperança cavalga em seu alazão
Não tem pressa
Descompassa o ritmo da cidade apavorada
A doce esperança de quem sonha ter mais tempo
Quem sonha ter uma ocasião em que possa ser livre
Total e na mente
Transcendente
Espaço, tempo, ocasião
Na praia, o mar bravo solta-se ao vento
Refém da areia... refém da maré
O mar chora e se derrama enquanto suas águas cantam tristezas banais
Saudades da gente bronzeada, do som leve das crianças
Dos jogos, do chimarrão nos quintais
Total e na mente
Transcendente
Espaço, tempo, ocasião
Entre prédios o moço chora sua vida solitária
Pede um troco, recebe um tapa
E da sua própria sorte de mendigas ilusões ele sorri
Moço tímido, moço calado
Ele nem está mais aqui
Estará para sempre a doce esperança, o mar bravo, o moço solitário
Total e na mente
Transcendente
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