sábado, 25 de janeiro de 2014

Aliança

Ele nos amou primeiro, foi até o fim do limite do que julgamos racional/humano. Nós ficamos perplexos com tanto amor.

A Palavra se refere à Deus e a Igreja como noivo e noiva...


O Senhor deseja esse relacionamento de Amor com sua noiva, ali é onde deve haver honestidade, confiança, união, amizade, respeito e fidelidade.
Deus é um noivo cheio de generosidade, é Ele quem arruma nossa casa - que antes era uma confusão - Ele não deixa faltar nada, pinta nossas paredes, aquece nosso banho, prepara um lugar aconchegante no sofá, onde podemos nos deitar em seu ombro, conversar lado-a-lado percebendo seus gestos e sentindo seu cheiro. 
Ele nunca se cansa, nos dá o pão que alimenta, nos sustenta com a água da vida, prepara tudo para que possamos ter comunhão constante.

Mas essa noiva é uma mulher inquieta, ansiosa... muitas vezes sai de casa, e quando volta nem percebe a presença do noivo, não busca dar honra a Ele, que é único que merece. O seu egoísmo a cega para a bondade dele, ela não entende ainda a plenitude do Amor do noivo... Ele vive para ela, faz tudo para ela, Ele quer o coração dela, Ele a quer o tempo todo, intensamente.
Essa noiva muitas vezes, se recusa a ser submissa, obedecer, aprender com o Senhor, porque Ele sim sabe o que fazer, Ele é o único que pode conduzi-la a viver nesse novo lar. Ele sabe  muito bem o que é melhor para ela.
Ela não consegue entender tão grande Amor...
E, às vezes, por se sentir indigna de tanto cuidado e zelo, sofre com a amargura da acusação. Ela sai de casa, vive decepções com romances passageiros, se vende por um pouco de comida, se deixa levar pelo sucesso instantâneo, e todos dizem: - Ele não te aceitará de volta! - Ela absorve isso e essas palavras soam como trovão em seus ouvidos, deixando-a surda.

A comunhão é quebrada. 
Ela se sente arrasada.
Em seu pensamento, a frase:
- Agora, nunca mais!
O Senhor só espera o arrependimento e o temor - Fique curada! Vá e não peques mais. - E é difícil para ela ouvir a doce voz do noivo.

Chega um momento em que ela percebe, ela lembra do Amor que a envolveu, a segurança incondicional... E deseja estar novamente na companhia do noivo, participando de todas as arrumações da casa, ouvindo seus ensinamentos preciosos... e ela volta aos pés da cruz.
Arrependida, derrama seu coração quebrado.
Ele sorri, sente sua dor e mostra novamente suas mãos perfuradas:
- Eu venci, está consumado!

Ela pode, em meio às lágrimas, sentir o perdão do seu amado, toda sua culpa é levada embora.
Ela vê a diferença entre Ele e todos os outros, porque seu cuidado nada exige dela, apenas dependência, apenas que ela aprenda a ama-Lo da forma devida, como Ele mesmo planejou desde o início.
Ela então decide não sair mais de casa, viver para o noivo... assim como o noivo vive para ela. Percebe que a casa é onde Ele está com ela, em qualquer lugar.
E a comunhão é restaurada.


O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede venha; e quem quiser beba de graça da água da vida. 

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