segunda-feira, 19 de maio de 2014

Religiosidade cega, ciência, fé e um Amor infinito!

''O mais intrigante, confuso e maravilhoso é saber que Deus é infinitamente maior do que tudo isso que eu penso a respeito Dele.''

Essa frase é fruto de algo que pensei a um tempo atrás, e devo explicações, a mim mesma talvez.
Explicar a fé é algo difícil, mas eu não considero inútil. Por não consegui-la entender totalmente, durante muito tempo preferi nem mostrá-la, nem tocar no assunto, como uma pedra preciosa lá bem no fundo do baú da minha alma, ou algo aqui dentro onde guardo coisas só minhas.

Mas acho que fé é mais estilo de vida, é a própria vida. Sempre quando acordo penso pelo que vale a pena levantar ( e isso um grande segredo sobre mim, pronto, parei). Isso é o que? É o que impulsiona, me dá ânimo!

O religar a Deus as vezes é algo tido como impossível, porque a religião inventa métodos, Deus não tem métodos... Ele nos alcança onde quer que estejamos, ele vai nos lugares mais impróprios... Ele poderia ter nascido em berço de ouro, mas preferiu nascer no meio de animais, pra mostrar o quanto é simples. 
Enfim, não quero explicar Deus, me ponho a contar a minha experiência!

E toda essa história tem a ver com uma religiosidade cega, o milagre da ciência, uma fé bem pequena e um Amor infinito que me alcançou!

Tudo começou bem antes de eu nascer, mas não vou falar muito sobre isso, foi a realmente muito tempo... antes mesmo de tudo ser criado! Enfim, tudo começou a fazer sentido pra mim a mais ou menos 2 anos atrás... quando eu me enxerguei como um ser humano pecador carecido de arrependimento e perdão. Foi como se toda minha vida estivesse sendo exposta a mim pela primeira vez e em um giro tudo começou a mudar. é difícil explicar, imagina entender...

Sempre ouvi falar em perdão, em Amor, em graça... fui criada para servir a Deus de coração, mas meu coração nunca esteve nele, apenas na religião e no cumprimento da Lei que me foi passada. Isso fez de mim essa mulher certinha que sou ( quem me conhece sabe) E por ser assim, sempre ouvi frases como:
- As certinhas são as piores.
- Você parece feita de porcelana.
- Você é estranha.
- Você precisa se soltar!
- Você precisa extravasar...

AFFE GENTE! Nada disso! Eu só cumpro a Lei! hehehe, que coisa chata vocês hein! Minha vontade muitas vezes foi gritar ou dar um soco no meio da cara (sério) Mas claro que eu nunca faria isso, porque também seria contra a moral e os bons costumes... Eu precisava na verdade era conhecer o valor da GRAÇA IMERECIDA de Deus por mim, e saber que mesmo que eu perdesse as estribeiras, ele me perdoaria... Mas por orgulho talvez, eu não queria me gastar de pedir perdão, então eu seguia na minha linha menina calma, serena e tranquila... E de Deus, longe eu estava, na minha Lei eu seguia.

Fui educada também, devo admitir... Educada para ser uma dama, sem assovios, com muitas bonecas e coisas de menina... Enfim, não me queixo, meus pais me deram muita coisa que poucas crianças tem: atenção, carinho, Amor... Sempre recebi muito amor, quando precisasse de colo ou consolo, lá estavam eles... quando precisei de correção, lá estavam eles... Minha família foi uma base forte, eles me sustentaram em aconchego e segurança. Nunca me sentia totalmente segura em outros lugares, só na minha casa... Por isso se explica a teoria: ''Bibiana não fala nada, é tão quieta'', mas meus irmãos me chamam de 'peste' até hoje... ''Bibiana, respira antes de continuar a falar!''

Bom, essa é a parte da religiosidade cega; Fazer tudo por obediência para não sofrer as consequências vindas da mão de um deus justo e cruel, um deus que quer que sejamos suas marionetes, seus robôs. Eu não conhecia Deus de com ele andar, ele parecia estar a milhas e milhas de mim, por isso não me sentia perdoada nem amada por Ele. Ele estava longe, lá no trono do céu e puxa, tinha tanta gente mais legal, mais bonita, mas caridosa, mais bondosa, com o coração tão mais puro do que o meu, porque ele me olharia? Para que ele se importaria com uma menina tão boba? Dramáááática!

Dai veio adolescência, todo aquele mimimi horroroso pra um jovem sem Jesus, e era muito estranho eu não me sentir bem na escola, nem na igreja, nem em lugar nenhum, eu era uma E.T. Sério. Tive poucos e bons amigos nessa fase, mas ninguém para compartilhar essa minha tragédia interior, não completamente. Eu ainda não conhecia meu MELHOR AMIGO.

Isso foi até a faculdade, quando me apresentaram uma história muito maluca sobre o início da humanidade, tudo bem documentado, provado e comprovado pela ciência, quem falava era o prof. Tal, mestres e doutores, como uma estudante iria dizer que não? E no meio de tantas dúvidas, aquilo tudo veio realmente como resposta as minhas perguntas... e Deus não existiria mesmo, era uma ilusão. Pronto, eu decidi que toda a Verdade em que fui ensinada era uma farsa. 
Tudo estaria resolvido se dentro de mim, sua voz não ecoasse: 

''Eu estou aqui''. 

Vamos deixar bem claro que Deus não corre atrás de ninguém, mas ele bate na porta, e dentro de mim ele batia. Eu não queria ouvir. Mas ainda estava a Lei, o peso e o fardo eram pesados demais para eu suportar, então de vez em quando eu surtava. Isso desprendia em brigas familiares, brigas com amigos muito próximos... brigas interiores.

Até que um dia conheci a Sra. Fé. Ela veio como um vento e bateu na porta da minha mente: 
- Posso entrar? 
Eu disse:
- Pode.
Ela entrou, se sentou, pediu café e começou a me dar uns pontapés no peito, como se fosse super de casa... Eu hein! Sempre tive muita esperança, algumas pessoas diziam que eu era ''positiva'', talvez eu fosse era uma baita descansada. Esperar a tempestade passar com preguiça de resolver o problema sabe? Se morrer, morreu, o destino quis assim. 
Mas Fé?
Fé não, Fé é algo fora de moda, fora de cogitação eu ter isso. Páááára. Sai já daqui.
Era tarde demais, ela já tinha entrado nas minhas paredes interiores, era parte de mim.
Comecei a pensar: Deus existe. De alguma forma, não é possível. A religião é boa, a ciência é boa, mas quem explica isso que estou sentindo?

Passou um ano inteiro.
O chamo de 2011: O ano da grande depressão.
Não houveram grandes acontecimentos, só tédio mesmo.

Então foi a vez do amor:


O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


Eu o senti pela primeira vez, sofri por ele, quase dei a vida por ele, sendo beeeeem dramática.
Enfim, ali estava eu sem saber o que fazer, perdendo o controle da minha vida, apostando todas as fichas, esquecendo a Lei!
Puxa! O amor me fez esquecer por instantes a moral e os bons costumes... estender as duas mãos e voar!
Só não percebi que estava voando sozinha... a queda foi inevitável.
Cai de cara no chão, sozinha no meio do nada.
E agora?

Eu nem disse que tinha que fazer uma escolha, mas um amigo chamado ''Sorriso'' me deu o melhor conselho:
- Você tem que fazer uma escolha, escolha você.

Sim. Eu escolhi a mim mesma ( por um momento). Que egoísmo não?
Mas já havia sentido o amor sofredor e Deus já tinha me visto, eu estava na mira Dele agora... foi inevitável a cura! 


Ele me escolheu!



Mas... porque eu?

Sem esperar a resposta me joguei sem asas, leve em Deus, pensei:
- Não me importa mais nada mesmo, já perdi pro Amor, quero algo novo pra minha vida!
Tanãnãnã.... O Evangelho é novo, significa: BOAS NOVAS.
Muitas pessoas a minha volta, muito barulho no meu pequeno universo, mas NAQUELE DIA, eu vi algo que nunca tinha visto:
A Bibiana por dentro, a Bibiana gente, pecadora, errada, tímida, rebelde, maria-vai-com-as-outras, fraca, incapaz... Puxa, que péssimo seria ver tudo isso se ao mesmo tempo eu não sentisse Jesus naquela cruz morrendo por amor a mim e dizendo: 

Eu te perdoou.

Não sei quanto tempo eu fiquei naquele frenesi de arrependimento maluco, mas era só isso que Ele dizia: Eu te perdoou, eu te amo.

Foram muitos dias até que eu me perdoasse, até eu aprender, a até o dia de hoje.

Foram dias difíceis, mas aquele olhar é o que eu me lembro mais.
E tudo que vivi serve para eu saber que nada foi em vão.
Tudo que vivi, me trouxe até aqui e eu sei que tenho ainda muito chão pela frente!

O Amor infinito de Deus por mim me trouxe a paz do Santo Espírito, algo que não se pode explicar, se pode viver e sentir. A ciência é minha amiga. Não sou contra a ciência, nem contra a religião.

Mas prefiro ficar com o Amor, com a GRAÇA!

Fico com a doçura do olhar de Jesus na cruz dizendo que fui aceita, que não sou santa, mas ele me santifica, que não preciso provar ser boa pra ninguém, que não sou estranha nem feita de porcelana. Sou feita do pó da terra pelas mãos de Deus, isso deve e pode me bastar, se eu aprender que fui feita Dele e para ser Dele. 

Eu continuo sendo essa mulher certinha, e até continuam me dizendo que eu não preciso ser ''tão assim'' mas eu já sei que ninguém muda minha opinião, eu tenho sido transformada por Aquele que me gerou!

Deus é sim muito belo e muito real mas nunca conseguirei entender ou explicar... Sempre pensei muito sobre ele, e duvidei... hoje eu penso, e creio, mas sei que nada supera o Amor. Nada supera Deus... não dá para reduzi-Lo ou resumi-Lo em linhas.
Ele é infinito, e isso é tão maravilhoso quanto Ele mesmo consegue ser: O fato de eu nunca conseguir pensar ou dizer tudo que Ele é, e o que significa para mim!


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