segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dê lugar, deixe-me passar


Peço licença para ser careta, quadrada e antiga
Mas preciso expressar essa minha revolta contra o tempo presente 
que já me causa um nó na barriga.

Tecendo aqui comigo
No meu limitado modo de pensar
Deixo meus dedos livres a escrever
O que estou eu a achar.

Então...
Acho que tem coisa que não dá para misturar
Acho que tem coisa sagrada feita para toda gente respeitar
Mas é bem ideia da minha cabeça...
Querer toda essa sujeira limpar.

Acho que existe muita gente falando
Pouca gente fazendo
Acho que falar é ouro também 
Mas ação é o que todos estão querendo.

Acho feio falar do outro alguma besteira
E ainda sorrir dizendo ser tudo brincadeira
Acho que tem que ter modos, caráter e responsabilidade
Mas também acho que só eu acho isso importante na minha idade.

Acho que estão todos me olhando agora e pensando:
-Qual é a dessa menina?
E acho que todos estão errados, inclusive eu, e não me conformo!
Essa é minha sina.

Acho que cansei de achar e agora vou dizer de uma vez:
Eu que sou assim tão esquisita e conservadora
Percebo a mesmice de nossa amarga insensatez.

Não sei, mas talvez esse seja o caminho 
para acabar com a vaidade e vulgaridade
Ou apenas mais um parágrafo 
sobre a tristeza desse chá de realidade.

Sem mais, me despeço escrevendo apenas o que sinto:
Uma paz sem igual dentro do meu coração-labirinto.

Se achou ruins meus versos...
Imagina eu!
Saber que não sou lida nem vista
Apenas uma poeira pequena
Mergulhada nesse imenso breu.

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